O porquê do nome xenobot
A espécie usada na pesquisa é o Xenopus laevis, uma rã africana, por isso o nome do robô é o “xenobot”. Ela que cede as células para os robôs.
Quantas células tem um xenobot
Os cientistas usam 3.000 células-tronco da pele de rã para criar o robô, que tem menos de um milímetro de largura. As células não são especializadas e têm capacidade de se desenvolver em diferentes tipos.
A equipe ressalta que não há nenhum tipo de alteração genética no material orgânico.
Como se reproduzem
De acordo com os cientistas, a reprodução dos xenobots começou espontaneamente. O robô coleta outras células soltas que vão se agregando e, com o passar do tempo, viram um descendente.
Este tipo de replicação é bem conhecida no nível das moléculas, mas nunca foi observada antes na escala de células ou organismos inteiros, disseram os pesquisadores.
O formato esférico inicial, no entanto, não se mostrou o mais adequado.
“Pode gerar filhos, mas o sistema normalmente morre depois disso. É muito difícil, na verdade, fazer com que o sistema continue se reproduzindo ”, diz Kriegman.
Formato de ‘Pac-Man’
Utilizando inteligência artificial (IA) em um supercomputador, um algoritmo foi capaz de testar bilhões de formas para os xenobots. Triângulos, quadrados, pirâmides e estrelas do mar foram analisados para encontrar o que fosse mais eficaz.
“Pedimos ao supercomputador da Universidade de Vermont que descobrisse como ajustar a forma dos pais iniciais, e a IA apresentou alguns designs estranhos depois de meses trabalhando, incluindo um que lembrava o Pac-Man”, disse Kriegman.
De acordo com os pesquisadores, o design certo aumentou muito o número de gerações dos xenobots.
‘Robôs vivos’ são motivo de preocupação?
Saber que pequenos robôs podem se autorreplicar pode gerar uma série de questões sobre a segurança de um experimento como esse, mas os cientistas garantem que os xenobots não sobreviveriam fora do laboratório.