O Governo do Equador deteve quase cinco mil pessoas desde 9 de janeiro, quando o presidente Daniel Noboa declarou um conflito armado no país, segundo comunicado das autoridades.
O relatório detalha que apenas 237 dos detidos, ou seja, apenas 4,8% do total, são acusados de terrorismo. As autoridades não esclareceram se entre todos os presos estão Adolfo Macías, conhecido como “Fito”, líder da gangue Los Choneros – o fugitivo mais procurado do país – ou Fabricio Colón Pico, conhecido como “Capitán Pico”, líder do criminoso grupo Los Lobos.
A CNN está tentando entrar em contato com a Secretaria-Geral de Comunicação do Governo equatoriano para saber quantos dos detidos foram processados.
Leia Mais
Presidente do Equador diz que não reconhecerá resultado das eleições na Venezuela
Noboa decreta repatriação de estrangeiros que cumprem penas no Equador
Maduro adota tom desafiador após retomada das sanções dos EUA à Venezuela
Por outro lado, Noboa solicitou apoio ao projeto de lei que enviou para discussão no Congresso, que inclui modificações econômicas que, segundo ele, são necessárias para enfrentar o conflito armado interno.
“Estamos em uma semana crucial, em que vamos decidir se vamos votar no Plano de Segurança ou não financiá-lo e ficar à mercê de grupos narcoterroristas”, disse Noboa em um vídeo na sua conta X, anteriormente Twitter.
O projeto de lei proposto pelo presidente contempla, entre outras medidas, o aumento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) para 15%, três pontos acima do máximo atual, estabelecido em 12%. A iniciativa será submetida para votação na Assembleia Nacional durante a próxima semana.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Quase 5 mil pessoas foram presas desde janeiro no Equador no site CNN Brasil.
