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    Raquel Dodge contra o governo Bolsonaro
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    Raquel Dodge Preterida por Jair Bolsonaro e de despedida da PGR, pediu ao STF urgência para julgar uma ação do PSOL que busca transferir da Justiça Militar para o Tribunal do Júri o julgamento de militares acusados de homicídios dolosos contra civis.

    A ação tem relação direta com o caso dos soldados do Exército envolvidos na morte do músico Evaldo Rosa e do catador Luciano Macedo, em abril, no Rio.

    Em novo parecer, a PGR diz que “a independência dos órgãos de investigação é fator fundamental para evitar a impunidade”.

    Cabe a Gilmar Mendes, relator, liberar o processo e avisar a Dias Toffoli para marcar uma data.

    Raquel Dodge está limpando as gavetas da pior maneira possível.

    Ela deu um parecer para que seja concedida uma liminar de urgência, proposta pelo Vice-Procurador-Geral da República, para limitar o artigo da reforma trabalhista de 2017 que limita a edição de súmulas por parte do Tribunal Superior do Trabalho.

    É por meio de súmulas — muitas delas contra a lei em vigor — que os sindicalistas de toga do TST vêm sabotando quem tenta modernizar as relações de trabalho no Brasil.

    A luta continua.

    O procurador Vladimir Aras comentou o protesto de seus colegas da PGR, que se demitiram depois que Raquel Dodge resolveu blindar Rodrigo Maia e o irmão de Dias Toffoli.

    Ele disse para o Estadão:

    “Entendo o sentimento que motivou esses valorosos colegas a dizer um basta. Eles se dedicaram durante dois anos à luta contra a corrupção, um dos mais importantes papéis do Ministério Público Federal.”

    Em seguida, ele completou:

    “É um triste fim de gestão que mostra a importância de os presidentes da República escolherem bem os Procuradores-Gerais.”

    O ministro Edson Fachin divulgou um relatório sobre a Lava Jato com dados em que é possível concluir que Raquel Dodge freou a operação, diz Josias de Souza.

    Segundo o relatório, entre 2015 e 2019 foram homologados no STF 110 acordos de colaboração premiada.

    “Apenas um ocorreu na gestão de Dodge, iniciada em setembro de 2017.”

    O relatório de Fachin ainda anota que, entre 2016 e 2019, a PGR protocolou no Supremo 24 denúncias no âmbito da Lava Jato.

    “Num balanço que fizera de sua gestão em outubro do ano passado, Dodge contabilizava 46 denúncias, mas apenas quatro se referiam ao maior escândalo de corrupção do país. Certos casos cobravam reação.”

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