Na noite desta segunda-feira (23), um assessor do candidato à prefeitura Pablo Marçal (PRTB) esteve envolvido em um incidente de agressão, gerando cobertura crítica da imprensa. Este é o segundo caso relacionado diretamente ao candidato. O primeiro episódio foi a violência sofrida pelo também candidato José Luiz Datena (PSDB).
Mas o que os casos têm em comum? Em ambos, quem sofreu o ataque foi retratado como o agressor. A mídia manipulou as narrativas de forma a justificar os atos de violência sofridas por Marçal e seu assessor.
Daniel José, candidato a vereador em São Paulo pelo PODEMOS, aproveitou a repercussão do incidente recente envolvendo o assessor de Pablo Marçal para questionar a cobertura da mídia e destacar o que considera um duplo padrão no tratamento de casos de agressão. O parlamentar, que já acompanhou Marçal em algumas agendas, observa que a mídia frequentemente culpa figuras públicas pelas provocações, mas age de forma diferente quando o incidente não envolve diretamente uma personalidade de destaque.
“É evidente que sou contra qualquer tipo de violência, mas é difícil não perceber um tratamento desigual por parte da mídia. Estive ao lado de Pablo Marçal em várias ocasiões e, constantemente, vi provocações direcionadas a ele”, comenta Daniel. “No caso do Datena, a mídia justificou a agressão com base em provocações, mas, quando se trata de um assessor, essa lógica não parece valer. Devemos manter o debate público no nível das ideias, sem ceder à violência, mas também sem permitir que a imprensa manipule narrativas de forma tão inconsistente,” complementa o podemista.
A fala de Daniel José busca gerar um debate sobre o papel da imprensa na cobertura de conflitos, apontando a necessidade de isenção ao reportar casos de violência e provocação. A mídia precisa ser imparcial e evitar o duplo padrão que prejudica a discussão pública de maneira justa.