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    Líderes mundiais lançam a Aliança Global contra a fome e a Pobreza
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    A iniciativa, lançada nesta segunda-feira (18.11) durante Cúpula de Líderes do G20, tem como objetivo acelerar o progresso rumo à erradicação da fome e da pobreza, ao mesmo tempo em que promove os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

     

    Maple Leaf Early Years Foundation – Divulgação

     

     

    A Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza foi oficialmente lançada, nesta segunda-feira (18.11), na Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro. Construída ao longo de um ano, a partir de um processo de diálogo e colaboração, a Aliança nasce com 147 membros fundadores, incluindo 81 países, a União Africana, a União Europeia, 24 organizações internacionais, 9 instituições financeiras internacionais e 31 organizações filantrópicas e não governamentais. Essa iniciativa inovadora visa acelerar os esforços globais para erradicar a fome e a pobreza, prioridades centrais nos ODS.

     

    O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, declarou: “Enquanto houver famílias sem comida na mesa, crianças mendigando nas ruas e jovens sem esperança de um futuro melhor, não haverá paz. Sabemos, pela experiência, que uma série de políticas públicas bem desenhadas, como programas de transferência de renda, como o ‘Bolsa Família’, e refeições escolares nutritivas para crianças, têm o potencial de acabar com o flagelo da fome e devolver a esperança e dignidade para as pessoas.”

     

    Em 2024, os membros do G20, países parceiros e organizações internacionais trabalharam conjuntamente em uma Força-Tarefa dedicada à elaboração da estrutura fundacional da Aliança, que foi endossada por unanimidade durante a Reunião Ministerial do G20, no Rio de Janeiro, em julho. A liderança do Brasil na Força-Tarefa envolveu uma coordenação próxima entre vários ministérios, incluindo o de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Relações Exteriores e Fazenda, além de contribuições do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

     

    “Vivemos hoje um marco histórico. A Aliança que construímos juntos, a partir da visão do presidente Lula, está agora pronta para transformar vidas e construir um futuro livre de fome e pobreza extrema”, afirmou o ministro de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. “Este não é apenas mais um fórum de discussão – é um mecanismo prático para canalizar conhecimento e financiamento de forma eficaz e alcançar aqueles que mais precisam”, enfatizou.

     

    Desde julho, a Aliança está aberta a adesões de membros para além do G20. O Brasil e Bangladesh foram os primeiros a aderir, seguidos por todos os membros do G20, incluindo a União Africana e a União Europeia, assim como vários países de todos os continentes.

     

    Os membros fundadores também incluem grandes organizações internacionais, bancos de desenvolvimento e entidades filantrópicas. Organismos-chave da ONU, como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), a Organização Internacional do Trabalho (OIT), UNICEF e o Programa Mundial de Alimentos (WFP), também aderiram, ao lado de instituições financeiras como o Grupo Banco Mundial e bancos de desenvolvimento regionais, incluindo o Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB), o Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB), o Banco Europeu de Investimentos (BEI) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Organizações filantrópicas como a Fundação Rockefeller, a Fundação Bill & Melinda Gates e a Children’s Investment Fund Foundation também fazem parte da iniciativa.

     

    A adesão à Aliança segue aberta e é formalizada por meio de uma Declaração de Compromisso — que vai além de uma declaração simbólica para incorporar uma dedicação genuína à ação. Ela define compromissos gerais e personalizados, alinhados com as prioridades e condições específicas ‘de cada membro. As Declarações de Compromisso são voluntárias e podem ser atualizadas conforme as circunstâncias evoluem. Cada Declaração de Compromisso de um membro é pública e pode ser encontrada no site recém-lançado da Aliança Global.

     

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    Antes do lançamento formal desta segunda-feira (18.11), a Aliança Global demonstrou o sucesso de sua abordagem ao motivar e impulsionar ações e compromissos antecipados de grande parte de seus membros em seis áreas prioritárias de sua agenda política, que foram anunciados em um evento especial, durante a Cúpula Social do G20, em 15 de novembro.

     

    Esses anúncios, intitulados “Sprints 2030”, representam a maior tentativa coletiva de mudar o rumo e finalmente erradicar a fome e a pobreza extrema por meio de políticas e programas em grande escala e baseados em evidências para elevar as populações mais pobres e vulneráveis do mundo. Entre os anúncios e compromissos estão o objetivo de alcançar 500 milhões de pessoas com programas de transferência de renda em países de baixa e média-baixa renda até 2030, expandir as refeições escolares de alta qualidade para mais 150 milhões de crianças em países com pobreza infantil e fome endêmicas, e arrecadar bilhões em crédito e doações por meio de bancos multilaterais de desenvolvimento para implementar esses e outros programas.

     

    Missão e Governança

     

    A missão da Aliança é clara: até 2030, visa erradicar a fome e a pobreza, reduzir desigualdades e contribuir para parcerias globais revitalizadas para o desenvolvimento sustentável. Prioriza transições inclusivas e justas, garantindo que ninguém seja deixado para trás.

     

    A Aliança opera por meio de três pilares principais — nacional, financeiro e de conhecimento — projetados para mobilizar e coordenar recursos para políticas baseadas em evidências adaptadas às realidades de cada país membro.

     

    Além disso, a Aliança realizará Cúpulas Regulares Contra a Fome e a Pobreza e estabelecerá um Conselho de Campeões de Alto Nível para supervisionar seu trabalho. Um órgão técnico enxuto e eficiente, o Mecanismo de Apoio da Aliança Global, será sediado na FAO, mas funcionará de forma independente para fornecer suporte estratégico e operacional, incluindo a promoção de parcerias em nível nacional para implementar iniciativas de combate à fome e à pobreza. O Brasil se comprometeu a financiar metade dos custos do Mecanismo de Apoio até 2030, com contirbuições adicionais de países como Bangladesh, Alemanha, Noruega, Portugal e Espanha.

     

    Embora o G20 tenha sido a plataforma de lançamento para essa iniciativa, a Aliança agora funcionará como uma plataforma global independente, com o apoio contínuo e o impulso possível de futuras presidências do G20. A estrutura completa de governança, incluindo o Conselho de Campeões e o Mecanismo de Apoio, deverá estar operacional até meados de 2025. Até lá, o Brasil fornecerá suporte temporário para funções essenciais, como comunicação e aprovação de novos membros.

     

    Membros fundadores da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza

     

    Países Membros e Entidades Regionais:

    1. Alemanha
    2. Angola
    3. Antígua e Barbuda
    4. África do Sul
    5. Arábia Saudita
    6. Armênia
    7. Austrália
    8. Bangladesh
    9. Benin
    10. Bolívia
    11. Brasil
    12. Burkina Faso
    13. Burundi
    14. Camboja
    15. Chade
    16. Canadá
    17. Chile
    18. China
    19. Chipre
    20. Colômbia
    21. Dinamarca
    22. Egito
    23. Emirados Árabes Unidos
    24. Eslováquia
    25. Estados Unidos
    26. Espanha
    27. Etiópia
    28. Federação Russa
    29. Filipinas
    30. Finlândia
    31. França
    32. Guatemala
    33. Guiné
    34. Guiné-Bissau
    35. Guiné Equatorial
    36. Haiti
    37. Honduras
    38. Índia
    39. Indonésia
    40. Irlanda
    41. Itália
    42. Japão
    43. Jordânia
    44. Líbano
    45. Libéria
    46. Malta
    47. Malásia
    48. Mauritânia
    49. México
    50. Moçambique
    51. Myanmar
    52. Nigéria
    53. Noruega
    54. Países Baixos
    55. Palestina
    56. Paraguai
    57. Peru
    58. Polônia
    59. Portugal
    60. Quênia
    61. Reino Unido
    62. República da Coreia
    63. República Dominicana
    64. Ruanda
    65. São Tomé e Príncipe
    66. São Vicente e Granadinas
    67. Serra Leoa
    68. Singapura
    69. Somália
    70. Sudão
    71. Suíça
    72. Tadjiquistão
    73. Tanzânia
    74. Timor-Leste
    75. Togo
    76. Tunísia
    77. Turquia
    78. Ucrânia
    79. Uruguai
    80. Vietnã
    81. Zâmbia
    82. União Africana
    83. União Europeia

    Organizações Internacionais
     

    1. Agência de Desenvolvimento da União Africana – Nova Parceria para o Desenvolvimento da África (AUDA-NEPAD)
    2. CGIAR
    3. Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL)
    4. Comissão Econômica e Social para Ásia Ocidental (CESAO)
    5. Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)
    6. Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD)
    7. Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF)
    8. Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA)
    9. Instituto de Pesquisa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Social (UNRISD)
    10. Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA)
    11. Liga dos Estados Árabes (LEA)
    12. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO)
    13. Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO)
    14. Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)
    15. Organização dos Estados Americanos (OEA)
    16. Organização Internacional do Trabalho (OIT)
    17. Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)
    18. Organização Mundial do Comércio (OMC)
    19. Organizacão Mundial da Saúde (OMS)
    20. Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)
    21. Programa Mundial de Alimentos (WFP)
    22. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)
    23. Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat)
    24. Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)

      Instituições Financeiras Internacionais:

    1. Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB)

    2. Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB)

    3. Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF)

    4. Banco Europeu de Investimento (BEI)

    5. Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)

    6. Grupo Banco Mundial

    7. Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB)

    8. Novo Banco de Desenvolvimento (NBD)

    9. Programa Global de Agricultura e Segurança Alimentar (GAFSP)

     

    Fundações Filantrópicas e Organizações Não Governamentais:

     

     

    1. Abdul Latif Jameel Poverty Action Lab (J-PAL)

    2. Articulação Semiárido Brasileiro (ASA)

    3. Fundação Bill & Melinda Gates

    4. BRAC

    5. Children’s Investment Fund Foundation

    6. Child’s Cultural Rights & Advocacy Trust Agency

    7. Citizen Action

    8. Education Cannot Wait

    9. Food for Education

    10. Instituto Comida do Amanhã

    11. Fundação Getúlio Vargas (FGV)

    12. GiveDirectly

    13. Global Partnership for Education

    14. Instituto Ibirapitanga

    15. Instituto Clima e Sociedade (iCS)

    16. Câmara de Comércio Internacional

    17. Leadership Collaborative to End Ultrapoverty

    18. Maple Leaf Early Years Foundation

    19. Fundação Maria Cecília Souto Vidigal

    20. Oxford Poverty and Human Development Initiative (OPHI)

    21. Pacto Contra a Fome

    22. Fundação Rockefeller

    23. Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI)

    24. SUN Movement

    25. Sustainable Financing Initiative

    26. Their World

    27. Trickle Up

    28. Village Enterprise

    29. World Rural Forum

    30. World Vision International

    31. Instituto Fome Zero

     

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