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    “Atualização da política de combate ao discurso de ódio da Meta com ataque a ‘sionistas’ representa importante avanço para barrar posts antissemitas nas redes”, avalia Comissário da Organização dos Estados Americanos (OEA) para o Monitoramento e Combate ao Antissemitismo

     

    A Meta, empresa que controla as redes sociais do Facebook, Instagram, além do Messenger e do WhatsApp, anunciou na última terça, 9, a atualização do seu Fórum de Políticas que envolve o termo “sionistas”, e que passará a remover mensagens e discursos que usarem essa expressão para se referir a judeus e israelenses com comparações desumanizantes, apelos por danos ou negações de existência.

    Para Fernando Lottenberg, Comissário da Organização dos Estados Americanos (OEA) para o Monitoramento e Combate ao Antissemitismo, trata-se de um importante avanço na vigilância sobre o conteúdo propagado nas redes sociais.

    “Esta decisão é fruto de uma solicitação que havíamos feito para a empresa. Explicamos que a expressão ‘Zionist’ ou ‘Zio’ (sionista) muitas vezes é utilizada como substituta para ‘Jew’ ou ‘Jewish’ (judeu), para evitar ser detectada pelas regras de moderação de conteúdo. Com a atualização de seu Fórum de Políticas, agora posts antissemitas que se valem desse subterfúgio não terão mais passe livre em suas redes”, destaca Lottenberg.

    A mudança acontece em um momento de crescimento de manifestações de ódio. De acordo com um recente levantamento da Confederação Israelita do Brasil (Conib), em parceria com a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp), entre 1º de outubro e 31 de dezembro de 2023 foram registradas 1.119 denúncias de casos de antissemitismo, um aumento de quase 800% sobre as 125 denúncias do mesmo período de 2022. Somente em novembro de 2023, foram 18 por dia, 18 vezes mais do que a média de 2022. Grande parte das ocorrências se concentram no ambiente online, especialmente nas redes sociais.

    Fernando Lottenberg está à disposição para entrevistas, onde pode dar mais detalhes sobre a preocupação com o aumento do antissemitismo nas Américas, em especial no Brasil, além de destacar medidas como a que tomou a empresa Meta.

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