Com medo de não ser reeleito em 2026, o líder do governo Lula no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) apresentou um projeto de lei para mudar a forma de se votar para senador, num claro ataque orquestrado para influenciar as próximas eleições. Recentemente ele retirou a proposta para reapresentar na reforma eleitoral em 2025.
A esdrúxula proposta foi interpretada como uma estratégia para aumentar a chance de ele se reeleger em 2026, quando dois terços do Senado serão renovados — e de barrar o avanço da direita no parlamento. Caso a mudança venha a ser aprovada na reforma eleitoral em 2025, os eleitores passariam a votar em apenas um senador, e não em dois, como funciona hoje. Seriam eleitos o primeiro e o segundo colocados na votação como ocorre atualmente, mas com uma sutil diferença no resultado.
Randolfe receia que dois candidatos de direita recebam mais votos do que ele. No caso de apenas um voto por eleitor, o eleitorado de direita se concentraria em apenas um senador, dando mais chance para o líder do governo Lula, que se apresentaria como principal candidato de esquerda, o que não será tarefa fácil, uma vez que o eleitor (até mesmo aquele que fez o “L”) já está de saco cheio com o desgoverno de Lula que rapidamente afunda o país. O projeto de Randolfe dá ares de desespero à situação da esquerda no Congresso.
O projeto era visto como forma de beneficiar a esquerda. Nas eleições de 2026, haverá a substituição de 54 dos 81 senadores. Ou seja, cada eleitor poderá escolher dois candidatos. Pela proposta de Randolfe, haveria somente um voto por pessoa. Desta forma, a distribuição dos votos seria diluída e um nome que aglutinasse apoio da esquerda teria mais chance de obter uma vaga.
As eleições municipais mostraram prevalência do voto de direita e de centro, o que trouxe desespero absoluto ao lulismo, por motivos óbvios.