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    Convocação de novos auditores fiscais federais agropecuários é insuficiente e precisa vir acompanhada de investimentos
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    Anffa Sindical defende ampliação do quadro e melhorias na estrutura de trabalho para garantir sanidade animal e vegetal em todo o País

     

    O governo federal nomeou 200 novos auditores fiscais federais agropecuários aprovados no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) para as áreas de zootecnia, química, medicina veterinária, farmácia e engenharia agronômica. Apesar de considerar a medida necessária e celebrá-la, o Anffa Sindical avalia que o número de nomeações está muito aquém da necessidade do setor e defende a convocação dos 600 candidatos que estão no cadastro de reserva.

     

    Segundo a entidade, hoje, o quadro conta com cerca de 2.300 auditores em atividade, dos quais 20% já podem se aposentar a qualquer momento. Além disso, há 1.350 vagas a serem preenchidas, resultado de aposentadorias que não foram repostas nos últimos anos. Para se ter uma ideia do tamanho do déficit, no início dos anos 2000, eram mais de 4 mil profissionais na ativa, em um período em que a demanda do agronegócio brasileiro era significativamente menor do que a atual.

     

    Para o presidente do Anffa Sindical, Janus Pablo Macedo, a recomposição do quadro é urgente para garantir a segurança sanitária e manter a credibilidade do agronegócio brasileiro no mercado internacional. “A chegada dos novos profissionais é positiva, mas insuficiente para suprir o déficit da carreira. É urgente convocar os aprovados que estão no cadastro de reserva para que possamos atender às demandas crescentes do setor.”

     

    Com relação aos locais de lotação, o Macedo destaca problemas em todas as áreas. “Os serviços de defesa animal e vegetal nos estados estão com um quantitativo muito reduzido, em alguns locais com ‘euquipe’, ou seja, só uma pessoa, executando e gerenciando as atividades. Eu cito Rio Grande do Norte, Sergipe, Alagoas, Paraíba com equipes muito desfalcadas, assim como Maranhão, Piauí e estados do Norte, com um grande déficit, mesmo com a recomposição que, na verdade, é apenas um alento porque não resolve o problema”.

     

    O presidente do Anffa também defende que os recém-nomeados passem por curso de formação específico, dada a complexidade das funções desempenhadas pelos profissionais. Investimentos em infraestrutura, como modernização tecnológica e renovação da frota de veículos, também são apontados como indispensáveis para garantir melhores condições de trabalho e eficiência na fiscalização.

     

    Outro ponto abordado por Macedo é a atuação dos profissionais no Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária para Fronteiras Internacionais (Vigifronteira). “Hoje os colegas são voluntários e de outros serviços, compondo essa força de trabalho. Nós precisamos ter uma equipe dedicada, treinada, de pronto emprego, para essas questões importantes de defesa agropecuária”.

     

    O Anffa Sindical dá as boas-vindas aos novos servidores e reafirma seu compromisso de seguir articulando junto ao governo federal pela convocação dos excedentes e pela valorização da carreira. “Estamos à disposição dos novos profissionais para apoiá-los em sua integração e continuaremos defendendo uma estrutura condizente com a importância do serviço prestado à sociedade brasileira e ao agronegócio nacional”, concluiu Macedo.

     

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