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    Cresce procura por atendimento pediátrico na emergência do Hospital de Santa Maria
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    umento ocorre em razão de um maior número de crianças com sintomas respiratórios por causa da ampla circulação de vírus neste período do ano 

    O Pronto-Socorro Pediátrico do Hospital Regional de Santa Maria – HRSM tem registrado aumento na busca por atendimentos de crianças com sintomas respiratórios. A situação, enfrentada também nos demais hospitais públicos e privados do DF, é causada pela maior circulação de vírus respiratórios nesta época, o que eleva as taxas de transmissão de doenças. Esse padrão sazonal é esperado todos os anos, mas existem medidas que podem ser adotadas pela população para melhorar o fluxo de atendimento e reduzir o contágio.

    Nestor Miranda, diretor de Atenção à Saúde do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF – IgesDF, cita que entre as medidas de prevenção em relação às crianças estão vaciná-las e mantê-las em locais arejados, bem como oferecer alimentação saudável, aumentar a oferta de água e administrar remédios com orientação médica. “Nossas emergências e unidades básicas de saúde estão cheias. Não é porque está faltando pediatra, mas porque o volume de crianças é muito grande. Por isso, realmente há uma fila de espera mais longa. Isso tem acontecido nos hospitais públicos e privados do DF. Dessa forma, é importante adotar os cuidados que podem evitar essas infecções”, disse.

    Segundo o diretor, quando as crianças estão doentes, ficam mais suscetíveis a outras patologias. Assim, uma doença que começa com uma virose comum pode desencadear algo mais sério, como uma bronquiolite ou uma pneumonia. Essas infecções têm maior propagação em ambientes fechados. “Devido ao frio, é comum que as pessoas fiquem aglomeradas, acomodadas em suas casas, em ambientes fechados e não saiam ao ar livre. Isso propicia uma disseminação de infecções virais respiratórias ou até de outras infecções virais. Uma das medidas para combater isso é manter a cobertura vacinal em dia. Lembrem-se de que existe uma campanha de vacinação contra a gripe, se você não foi e não levou seu filho, está na hora de ir. Isso vai fazer com que você proteja a você, sua família, seus filhos e seus parentes próximos”, disse.

    Mariela Souza de Jesus, diretora-presidente do IgesDF, destaca a importância da prevenção. “Como sabemos, neste período do ano as doenças respiratórias aumentam significativamente. Manter as vacinas em dia evitar aglomerações são medidas importantes. Atualmente o Hospital Regional de Santa Maria realiza os atendimentos pediátricos de toda a região , incluindo o entorno, então é inevitável que haja momentos em que a unidade esteja lotada”, explicou.

    ONDE PROCURAR ATENDIMENTO?

    Conforme explica a médica pediatra do Pronto-Socorro Pediátrico do HRSM, Maurisa Rosa, em casos de menor gravidade, a orientação é buscar atendimento primário e, quando houver sinais de alarme, procurar assistência especializada. “Se a criança apresenta sintomas gripais leves – ou seja, tosse, coriza e espirro – deve ser feita a lavagem nasal com soro fisiológico e uma avaliação na Unidade Básica de Saúde – UBS. Já no caso de sintomas de gravidade, que são febre alta acima de 39 graus, dificuldade para respirar e de se alimentar, bem como já possuir outra doença, é necessário procurar atendimento hospitalar”, disse.

    O Hospital de Santa Maria é a unidade de referência em pediatria para uma população de aproximadamente 30 mil habitantes, mas acaba assistindo uma abrangência de 250 mil a 300 mil habitantes, porque além da região administrativa onde está instalado, atende ao Gama e Entorno Sul. Por isso, Maurisa Rosa reforça que o tempo de espera cresce ainda nesse período no HRSM. “Isso tem aumentado bastante a demanda e, assim, o tempo de espera. Por isso, é importante ficar atento às orientações para saber em que casos ir à unidade hospitalar”, afirma.

    A gerente de Medicina Interna do HRSM, Lara Vieira, informou que todos os pacientes pediátricos que chegam ao Hospital passam pela triagem infantil e recebem uma classificação de risco que determina a prioridade do atendimento. “Elas são atendidas de acordo com a sua gravidade e com a sua capacidade da unidade hospitalar naquele momento, já que o volume de pacientes é maior”, explicou.

    CONFIRA DICAS PARA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS EM CRIANÇAS

    – Aumente a frequência da oferta de água para maior hidratação do corpo;
    – Aumente a frequência da amamentação;
    – Evite aglomerações e ambientes fechados, onde há maior propagação de vírus e bactérias;
    – Mantenha os ambientes ventilados;
    – Higienize as mãos da criança com água e sabão;
    – Evite contato com pessoas que apresentem sintomas respiratórios;
    – Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos e copos.

     Texto: Ailane Silva

    Edição: Renata Nandes

    Fotos: Davidyson Damasceno

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