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    Crise hídrica se agrava e vira mais um entrave para o crescimento da economia brasileira
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    A crise hídrica que atinge o Brasil afeta a economia em várias frentes e torna ainda mais frágil a expectativa de uma recuperação robusta da atividade econômica, depois de um resultado pífio no segundo trimestre deste ano: segundo dados divulgados nesta quarta-feira (1) pelo IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 0,1% no segundo trimestre deste ano.
    De imediato, a seca tem levado ao aumento do preço da conta de luz e se transformou em mais uma pressão inflacionária para a população – que já sofre com a alta de combustíveis e alimentos. A indústria também enfrenta um reajuste no custo de produção num cenário em que a há pouca margem de manobra para absorver novos choques.

    Por fim, a seca ainda deve fazer com que o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio recue este ano, pela primeira vez desde 2016.

    “Estão se unindo fatores que são limitadores para o crescimento do PIB nos próximos trimestres e que pesam (para a atividade) em 2022”, afirma Alessandra Ribeiro, economista e sócia da consultoria Tendências.

    O impacto total da seca no PIB do Brasil ainda é difícil de ser mensurado pelos economistas. O tamanho da crise – se o país vai precisar adotar um racionamento, por exemplo – só vai ficar mais claro nos próximos meses, a depender da quantidade de chuva nos reservatórios.

    O que é possível afirmar é que a crise hídrica aumentou de gravidade nos últimos dias. Na semana passada, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que a capacidade atual do país de geração de energia elétrica será insuficiente para atender à demanda a partir de outubro.

    “Dado o nível atual dos reservatórios, se a gente chegar em outubro, novembro, e a chuva não vier, o risco (de racionamento) aumenta”, diz Luciano Sobral, economista-chefe da Neo Investimentos.

    Fonte: G1.

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