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    Governo reforça mais uma vez combate ao Aedes aegypti
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    A partir desta segunda-feira (18), 400 alevinos e 600 litros de larvicida biológico serão utilizados na luta contra o mosquito. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

    Por Mariana Damaceno – O governo voltou a reforçar as estratégias de combate ao Aedes aegypti — vetor da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus. A partir desta segunda-feira (18), 400 alevinos de lambari de cauda amarela e 600 litros do micro-organismo Bacillus thuringiensis israelensis, que é um larvicida biológico, serão distribuídos nas regiões administrativas com a maior incidência do mosquito.
    No caso dos filhotes de peixe, eles serão espalhados por espelhos d’água de espaços públicos em regiões mais afetadas por focos do vetor. Será um para cada 20 metros cúbicos. Os alevinos serão doados pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF).

    Segundo o subsecretário de Vigilância à Saúde da Secretaria de Saúde, Tiago Araújo Coelho de Souza, a ideia de utilizar os filhotes no combate ao vetor surgiu durante uma reunião entre o governador Rodrigo Rollemberg e representantes de secretarias de Estado. A escolha foi devido à espécie ser resistente e sobreviver a situações adversas, além de alimentar-se basicamente de larvas e insetos.

    Um biólogo da subsecretaria acompanhará a entrega para explicar os cuidados necessários com os alevinos. Posteriormente outras áreas do DF devem ser atendidas. A expectativa é ultrapassar, neste ano, a produção dos peixes de 2015: cerca de 15 mil.

    Bacillus – Os 600 litros do Bacillus thuringiensis israelensis serão aplicados a partir de hoje por agentes da força-tarefa criada em dezembro por meio do Plano de Ação para o Enfrentamento das Doenças Transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

    nicialmente, as regiões que receberão o produto são Gama, Recanto das Emas e Santa Maria. Uma gota é suficiente para pelo menos um litro de água, segundo o diretor de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde, Divino Valero.

    O larvicida biológico não representa risco ao meio ambiente nem ao ser humano, mesmo se ingerido. A estimativa feita pelo diretor é que os bacillus causem a morte das larvas do mosquito em até uma hora. “Ele atua destruindo o estômago da larva”, explica. Valero esclarece que o produto será aplicado inicialmente por seis meses para ser comprovada sua eficácia.

    Os bacillus são extraídos da terra e fermentados. A gota do larvicida age do primeiro ao quarto estágio da larva. Juntas, as fases chegam a durar cerca de cinco dias.

    Em 7 de janeiro, o governo criou uma sala de situação para reunir a coordenação da força-tarefa de combate ao mosquito, identificar início dos focos e informar ao governo federal sobre os casos de doenças transmitidas pelo vetor.

    Apesar dos esforços, o subsecretário de Vigilância à Saúde reforça que é imprescindível a participação popular no combate. “É importante que os moradores abram as portas para os agentes”, diz Tiago Souza. Segundo ele, 30% da população ainda apresenta resistência às visitas.

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