O transplante é garantido a toda a população por meio do SUS, responsável pelo financiamento de cerca de 88% dos procedimentos no país.

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Responsável pelo maior programa público de transplantes do mundo, realizados por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil é segundo país que mais realiza o procedimento, em números absolutos.

“Quando comparamos a países como Espanha, França, Austrália, Reino Unido, que também possuem sistema público de saúde, o Brasil lidera os transplantes de órgãos realizados em números absolutos e ocupa o terceiro lugar no ranking em relação a doação em partes por milhão de população”, ressalta Maíra Botelho, secretária de Atenção Especializada à Saúde (SAES), do Ministério da Saúde.

A pasta, segundo a secretaria, investe cerca de R$ 1,3 bilhão por ano para garantir todas as ações e serviços relacionados aos transplantes de órgãos. “Nos destacamos ainda por possuir uma legislação própria em normas de referência, um sistema informatizado, com lista única de espera, que possibilita transparência a todo processo”, observa.

O país tem atualmente mais de 600 hospitais autorizados a realizar transplantes e essa rede realizou, em 2021, cerca de 23,5 mil procedimentos. Neste ano, entre janeiro e junho, o número de procedimentos já ultrapassou a marca dos 12 mil.

Desde 2019 até junho deste ano, 80,9 mil transplantes foram realizados no país, número que contabiliza órgãos como coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim, pâncreas rim, intestino isolado e órgãos multiviscerais, além de córnea e medula óssea.

Entre os órgãos, o transplante de rim é o mais realizado no Brasil, com mais de 18,4 mil procedimentos desde 2019 até junho deste ano. Na sequência, aparecem fígado (7,4 mil) e coração (1,2 mil). O mais comum é o transplante de córnea, com mais de 41,9 mil procedimentos nos últimos quatro anos.

O transplante é garantido a toda a população por meio do SUS, que é responsável pelo financiamento de cerca de 88% dos procedimentos no país. Aos pacientes é garantido o atendimento integral, pois recebem acompanhamento pré e pós transplante, realizando exames e consultas necessárias e recebendo inclusive a medicação imunossupressora, necessária para prevenir a rejeição ao transplante. No ano passado, o SUS pagou, em média, R$ 61,7 mil por transplante de órgão e R$ 51,2 mil por transplante de medula óssea realizado no país.

Campanha

Para marcar o Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado na terça-feira (27/09), o Ministério da Saúde lançou a Campanha Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos e Tecidos de 2022, cujo tema é “Amor para superar, amor para recomeçar”.

A iniciativa tem como objetivo incentivar a população sobre a importância da doação de órgãos e alertar os profissionais de saúde que lidam com essa situação delicada para as famílias e que são agentes para essa conscientização.

A campanha será veiculada em TV, rádio, mídia exterior em lugares de grande circulação de pessoas, em portais online, além de redes sociais. A ação também mostra a importância de conversar e manifestar o desejo da doação para os familiares, que serão os responsáveis por essa decisão.

Transparência

O Ministério da Saúde apresentou, ainda, uma ferramenta de avaliação e visualização de dados referente ao cenário atual da lista de espera e dos transplantes de órgãos realizados em 2022. A intenção é promover uma maior conscientização e também assegurar maior apoio às decisões sobre a doação de órgãos e medula óssea pelos gestores do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).

Os painéis contêm informações de lista de espera e de transplantes de órgãos e medula óssea realizados durante o ano, até o momento, com atualização semanal. Com as informações da lista de espera, o público poderá visualizar a quantidade de pessoas que aguardam por um órgão para realização do transplante na última data de compilação dos dados. No painel, é possível visualizar a quantidade de pacientes aguardando pelo tipo de órgão e modalidade de transplante.

“Quando esses dados são analisados em conjunto eles podem revelar a importância de se discutir em família sobre a vontade de cada um em se tornar doador de órgãos”, esclarece Maíra Botelho.

Com isso, as informações podem contribuir muito para analisar o cenário da doação de órgãos no Brasil. A secretária de Atenção Especializada à Saúde explica que isso se dá pela diferença entre a quantidade de pessoas que aguardam por algum órgão para transplante e o número de procedimentos realizados. “Havendo mais pessoas dispostas a doar, a chance daqueles que aguardam por um órgão serem contemplados também aumenta”, ressalta.

Doador efetivo

Atualmente, mais de 59 mil pessoas estão na lista de espera por um órgão e esse dado contabiliza também as pessoas que esperam por uma córnea. Só em 2022, em média, mais de 45% das famílias não concordaram com a doação, embora esse ato permita que várias pessoas em lista de espera para transplantes tenham a perspectiva de sobrevivência.

Neste sentido, é importante ressaltar que um único doador de órgãos pode salvar até oito vidas. Isso porque ele pode vir a doar coração, pulmões, fígado, intestino, pâncreas e rins. Além dos órgãos, tecidos como a córnea, pele, ossos e valvas cardíacas também podem ser doados.

Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2021, o Brasil registrou 3.205 doadores efetivos.

São Paulo, com 995, foi o estado com maior número absoluto de doadores efetivos no país. Paraná (412), Rio de Janeiro (304), Santa Catarina (294), Minas Gerais (211) e Ceará (198) completam a lista dos estados com mais doadores efetivos registrados no ano passado.

Quando a estatística leva em conta Partes por Milhão da População (PMP) em 2021, a liderança no país passa para Santa Catarina, com 40,5. Na sequência, aparecem Paraná (35,8), Ceará (21,6), São Paulo (21,5), Rio de Janeiro (17,5) e o Distrito Federal (15,7).

Entre as regiões, o Sudeste foi a que registrou o maior número de doadores efetivos no ano passado: 1.564. O Sul fica em segundo lugar com mais doadores efetivos (867), seguido pelo Nordeste (564), pelo Centro-Oeste (166) e pelo Norte (44).

Transplantes realizados

Além de liderar entre os doadores efetivos, São Paulo foi o estado que mais realizou transplantes em 2021, com 9.087 dos 23.518 procedimentos registrados no país em 2021. Outros seis estados executaram, no ano passado, mais de mil procedimentos: Paraná (1.813), Minas Gerais (1.664), Rio de Janeiro (1.549), Ceará (1.485), Pernambuco (1.358) e Rio Grande do Sul (1.104).

Entre as regiões, o Sudeste lidera, com mais de 12.745 mil procedimentos realizados em 2021. Na sequência, aparecem o Nordeste (4.715), o Sul (3.896), o Centro-Oeste (1.748) e o Norte (414).

Secom PR.

Responsável pelo maior programa público de transplantes do mundo, realizados por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil é segundo país que mais realiza o procedimento, em números absolutos.

“Quando comparamos a países como Espanha, França, Austrália, Reino Unido, que também possuem sistema público de saúde, o Brasil lidera os transplantes de órgãos realizados em números absolutos e ocupa o terceiro lugar no ranking em relação a doação em partes por milhão de população”, ressalta Maíra Botelho, secretária de Atenção Especializada à Saúde (SAES), do Ministério da Saúde.

A pasta, segundo a secretaria, investe cerca de R$ 1,3 bilhão por ano para garantir todas as ações e serviços relacionados aos transplantes de órgãos. “Nos destacamos ainda por possuir uma legislação própria em normas de referência, um sistema informatizado, com lista única de espera, que possibilita transparência a todo processo”, observa.

O país tem atualmente mais de 600 hospitais autorizados a realizar transplantes e essa rede realizou, em 2021, cerca de 23,5 mil procedimentos. Neste ano, entre janeiro e junho, o número de procedimentos já ultrapassou a marca dos 12 mil.

Desde 2019 até junho deste ano, 80,9 mil transplantes foram realizados no país, número que contabiliza órgãos como coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim, pâncreas rim, intestino isolado e órgãos multiviscerais, além de córnea e medula óssea.

Entre os órgãos, o transplante de rim é o mais realizado no Brasil, com mais de 18,4 mil procedimentos desde 2019 até junho deste ano. Na sequência, aparecem fígado (7,4 mil) e coração (1,2 mil). O mais comum é o transplante de córnea, com mais de 41,9 mil procedimentos nos últimos quatro anos.

O transplante é garantido a toda a população por meio do SUS, que é responsável pelo financiamento de cerca de 88% dos procedimentos no país. Aos pacientes é garantido o atendimento integral, pois recebem acompanhamento pré e pós transplante, realizando exames e consultas necessárias e recebendo inclusive a medicação imunossupressora, necessária para prevenir a rejeição ao transplante. No ano passado, o SUS pagou, em média, R$ 61,7 mil por transplante de órgão e R$ 51,2 mil por transplante de medula óssea realizado no país.

Campanha

Para marcar o Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado na terça-feira (27/09), o Ministério da Saúde lançou a Campanha Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos e Tecidos de 2022, cujo tema é “Amor para superar, amor para recomeçar”.

A iniciativa tem como objetivo incentivar a população sobre a importância da doação de órgãos e alertar os profissionais de saúde que lidam com essa situação delicada para as famílias e que são agentes para essa conscientização.

A campanha será veiculada em TV, rádio, mídia exterior em lugares de grande circulação de pessoas, em portais online, além de redes sociais. A ação também mostra a importância de conversar e manifestar o desejo da doação para os familiares, que serão os responsáveis por essa decisão.

Transparência

O Ministério da Saúde apresentou, ainda, uma ferramenta de avaliação e visualização de dados referente ao cenário atual da lista de espera e dos transplantes de órgãos realizados em 2022. A intenção é promover uma maior conscientização e também assegurar maior apoio às decisões sobre a doação de órgãos e medula óssea pelos gestores do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).

Os painéis contêm informações de lista de espera e de transplantes de órgãos e medula óssea realizados durante o ano, até o momento, com atualização semanal. Com as informações da lista de espera, o público poderá visualizar a quantidade de pessoas que aguardam por um órgão para realização do transplante na última data de compilação dos dados. No painel, é possível visualizar a quantidade de pacientes aguardando pelo tipo de órgão e modalidade de transplante.

“Quando esses dados são analisados em conjunto eles podem revelar a importância de se discutir em família sobre a vontade de cada um em se tornar doador de órgãos”, esclarece Maíra Botelho.

Com isso, as informações podem contribuir muito para analisar o cenário da doação de órgãos no Brasil. A secretária de Atenção Especializada à Saúde explica que isso se dá pela diferença entre a quantidade de pessoas que aguardam por algum órgão para transplante e o número de procedimentos realizados. “Havendo mais pessoas dispostas a doar, a chance daqueles que aguardam por um órgão serem contemplados também aumenta”, ressalta.

Doador efetivo

Atualmente, mais de 59 mil pessoas estão na lista de espera por um órgão e esse dado contabiliza também as pessoas que esperam por uma córnea. Só em 2022, em média, mais de 45% das famílias não concordaram com a doação, embora esse ato permita que várias pessoas em lista de espera para transplantes tenham a perspectiva de sobrevivência.

Neste sentido, é importante ressaltar que um único doador de órgãos pode salvar até oito vidas. Isso porque ele pode vir a doar coração, pulmões, fígado, intestino, pâncreas e rins. Além dos órgãos, tecidos como a córnea, pele, ossos e valvas cardíacas também podem ser doados.

Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2021, o Brasil registrou 3.205 doadores efetivos.

São Paulo, com 995, foi o estado com maior número absoluto de doadores efetivos no país. Paraná (412), Rio de Janeiro (304), Santa Catarina (294), Minas Gerais (211) e Ceará (198) completam a lista dos estados com mais doadores efetivos registrados no ano passado.

Quando a estatística leva em conta Partes por Milhão da População (PMP) em 2021, a liderança no país passa para Santa Catarina, com 40,5. Na sequência, aparecem Paraná (35,8), Ceará (21,6), São Paulo (21,5), Rio de Janeiro (17,5) e o Distrito Federal (15,7).

Entre as regiões, o Sudeste foi a que registrou o maior número de doadores efetivos no ano passado: 1.564. O Sul fica em segundo lugar com mais doadores efetivos (867), seguido pelo Nordeste (564), pelo Centro-Oeste (166) e pelo Norte (44).

Transplantes realizados

Além de liderar entre os doadores efetivos, São Paulo foi o estado que mais realizou transplantes em 2021, com 9.087 dos 23.518 procedimentos registrados no país em 2021. Outros seis estados executaram, no ano passado, mais de mil procedimentos: Paraná (1.813), Minas Gerais (1.664), Rio de Janeiro (1.549), Ceará (1.485), Pernambuco (1.358) e Rio Grande do Sul (1.104).

Entre as regiões, o Sudeste lidera, com mais de 12.745 mil procedimentos realizados em 2021. Na sequência, aparecem o Nordeste (4.715), o Sul (3.896), o Centro-Oeste (1.748) e o Norte (414).

Secom PR.





















































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