-Publicidade -

    Papa Francisco condena assassinato de mulheres cristãs por Israel: “Terrorismo”
    P

    O papa Francisco sugeriu novamente, neste domingo (17), que Israel usa tácticas de “terrorismo” em Gaza, citando o assassinato, pelos militares israelitas, de duas mulheres cristãs refugiadas em um complexo religioso em Gaza.

    Na sua bênção semanal no Vaticano, Francisco se referiu a uma declaração sobre o incidente emitida neste sábado (16) pelo Patriarcado Latino de Jerusalém, autoridade católica da capital de Israel.

    Segundo o Patriarcado, o “atirador” das Forças de Defesa de Israel (IDF) matou as duas mulheres, que o papa chamou de Nahida Khalil Anton e sua filha Samar, enquanto caminhavam para um convento de freiras no complexo da Paróquia da Sagrada Família. Outras sete pessoas, diz, foram baleadas e feridas enquanto tentavam proteger outras.

    Leia Mais

    Papa lamenta mortes de crianças em “turbilhão de violência” em Gaza, Ucrânia e Iêmen

    Exército de Israel diz ter “controle operacional” sobre partes do sul de Gaza

    Chefe do Mossad se reuniu com premiê do Catar sobre libertação de reféns israelenses, diz fonte

    “Continuo recebendo notícias muito graves e dolorosas de Gaza. Civis desarmados são alvo de bombardeios e tiroteios. E isso aconteceu até dentro do complexo paroquial da Sagrada Família, onde não há terroristas, mas famílias, crianças, pessoas doentes ou deficientes, freiras”, declarou Francisco.

    O papa também se referiu à declaração do Patriarcado de que um convento de freiras da ordem fundado por Madre Teresa foi danificado pelo fogo de um tanque israelense. “Alguns diriam: ‘É guerra. É terrorismo.’ Sim, é guerra. É terrorismo”, disse.

    Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel disse que o incidente ainda estava sob análise e não fez comentários imediatos sobre as palavras do papa.

    Foi a segunda vez em menos de um mês que o papa usou a palavra “terrorismo” ao falar dos acontecimentos em Gaza. Em 22 de Novembro, depois de se reunir separadamente com familiares israelenses de reféns detidos pelo Hamas e com palestinos, ele disse: “É isto que as guerras fazem. Mas aqui fomos além das guerras. Isto não é guerra. Isto é terrorismo.”

    Mais tarde naquele dia, eclodiu uma disputa confusa sobre se ele usou a palavra “genocídio” para descrever os acontecimentos em Gaza, com os palestinos que o encontraram insistindo que ele o fez e o Vaticano dizendo que não.

    Grupos judaicos criticaram o papa pelos comentários sobre “terrorismo”.

    Israel intensificou o bombardeio de Gaza durante a noite de sábado e a manhã de domingo, matando pelo menos 40 pessoas, disseram os palestinos, depois que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, argumentou que a única maneira de garantir a libertação dos reféns era a intensa pressão militar sobre o Hamas.

    Este conteúdo foi originalmente publicado em Papa Francisco condena assassinato de mulheres cristãs por Israel: “Terrorismo” no site CNN Brasil.

    -Publicidade -
    spot_img

    Relacionadas

    -Publicidade -