Neste mês, foi realizado workshop para alinhar ações de capacitação e difusão do documento a ser lançado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).
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O Serviço Geológico do Brasil (SGB) participou ativamente, ao longo dos últimos 20 meses, da construção do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDC). Na quarta-feira (4), pesquisadores da instituição estiveram presentes em workshop para alinhar as ações de capacitação e difusão do documento que será lançado em breve pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR). O encontro ocorreu em Brasília.
Durante o workshop presencial Implementando os Mecanismos de Capacitação e Difusão do PNPDC 2024-2034, a chefe do Departamento de Hidrologia (DEHID), Andrea Germano, e o chefe da Divisão de Geologia Aplicada (DIGEAP), Tiago Antonelli, deram contribuições para garantir a efetividade do plano. Esse é um documento inédito, que irá nortear as ações para prevenção de desastres e gestão de riscos no país.
Para Antonelli, o SGB teve um papel fundamental na construção do PNPDC e será peça-chave na execução da proposta. “O SGB terá atribuições importantes nos seus próximos dez anos, período de desenvolvimento do Plano, dando a continuidade e ampliação dos mapeamentos voltados para a prevenção de desastres e a liderança na elaboração de um cadastro único de captação de mapeamentos de outras empresas, criando um repositório de armazenamento em nível nacional”, afirmou.
Desde 2023, pesquisadores do SGB estiveram envolvidos em reuniões e workshops, onde compartilharam experiências e contribuíram com dados e propostas, a partir do trabalho já realizado pelo SGB na prevenção de desastres climáticos, incluindo cheias e secas extremas.
Projetos do SGB
A atuação do SGB permeia os eixos da prevenção de desastres. Entre os projetos desenvolvidos, estão os mapeamentos de áreas de risco (que contemplam mais de 1,6 mil municípios). O SGB também realiza cursos e capacitações para a prevenção de desastres.
Além disso, opera 17 Sistemas de Alerta Hidrológico em todas as regiões do país e desenvolve Mapas de Manchas de Inundação, além de estudos e relatórios de estiagem.
Andrea Germano explica que os desafios do DEHID estão organizadas em três eixos estratégicos, todos orientados à expansão dos sistemas de alerta hidrológicos: “(i) Realizar estudos que possam identificar e atribuir mudanças de comportamentos de eventos hidrológicos extremos de cheias e secas ao longo das últimas décadas, tendo por base a bacia hidrográfica; (ii) Monitorar, por meio de estações fluviométricas, todos os municípios suscetíveis a inundações identificados em mapeamentos de áreas de risco; (iii) Expandir para os 355 pontos da Rede Hidrometeorológica Nacional de Referência (RHNR) modelos de previsão de vazões e níveis, em diversas escalas de tempo”.
As atividades para elaboração do PNPDC foram coordenadas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), em cooperação com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), sob a supervisão da Sedec. Além disso, o plano contou com a colaboração de mais três instituições de pesquisa: a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), formando um consórcio de pesquisa.