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    SILENCIOSO, O DIABETES PODE CONFUNDIR O PACIENTE E TRAZER RISCOS PARA A SAÚDE
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    Estima-se que 12 milhões de pessoas sejam portadoras da doença no Brasil e quase 30% delas não têm conhecimento e convivem nesta condição
    Considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma epidemia mundial, o diabetes tipo 2 em suas fases iniciais não apresenta sintomas agudos e, quando a doença não está descompensada, pode passar despercebida tanto em adultos quanto nas crianças. Muitas vezes, as complicações podem se instalar e progredir antes mesmo que o diagnóstico seja feito.
    Segundo estimativas da International Diabetes Federation (IDF), só no Brasil são 12 milhões de portadores do diabetes e quase 30% desse contingente não sabe que tem a doença. “Os sintomas do diabetes podem ser facilmente confundidos com outros fatores, por isso não são automaticamente associados à doença. A sede, por exemplo, é um dos principais sintomas e, muitas vezes, é relacionada apenas com o calor”, afirma Rocio Riatto Della Colleta, Endocrinologista e Gerente Médica da Novo Nordisk.
    A “Regra das Metades”, que ajuda a estimar a detecção, o diagnóstico e o tratamento, estima que apenas metade das pessoas com diabetes na América Latina são diagnosticadas e 25% recebem tratamento adequado. Passados alguns anos com a doença, o agravamento pode desencadear problemas nos olhos, rins, nervos e vasos, acarretando em prejuízo da visão, perda da função renal, amputação de membros inferiores, infarto e derrame. E é por isso que se atentar aos sintomas é tão importante.
    De acordo com a Dra. Rocio, os principais sintomas são: muita sede, muita vontade de urinar, fadiga, aumento do apetite e emagrecimento. “Como a glicemia está alta é até estranho falar que o paciente come muito e emagrece. Isso acontece porque ele está utilizando outras fontes de energia, como proteínas e gordura. A glicose, que deveria ser a fonte de energia, está alta no sangue, mas não é metabolizada dentro das células”, descreve. Todos os sintomas são ocasionados devido à hiperglicemia no organismo.
    No tipo 1 da doença, menos comum, os sintomas são os mesmos, porém aparecem de uma forma mais rápida e aguda. A doença acaba sendo descoberta em meio à uma situação de risco, como no pronto atendimento dos hospitais após algum problema de saúde mais urgente. Em qualquer situação, é sempre importante não minimizar os sintomas e procurar um médico ao notar alguma alteração no organismo. Assim, é possível realizar os exames e, se necessário, dar início ao tratamento o mais rápido possível.
    Tipos de diabetes
    Tipo 1 – Na maioria dos casos, trata-se de uma doença autoimune, caracterizada pela destruição das células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. Este tipo é geralmente diagnosticado ainda na infância ou adolescência, mas pode surgir também em outras faixas etárias.
    Tipo 2 – É o tipo mais comum e corresponde a 90% dos casos. Ocorre pela insuficiência ou resistência à insulina (ação alterada da insulina). Cerca de 50% dos portadores de diabetes tipo 2 não sabem de sua condição, justamente pelos poucos sintomas que apresentam no início da doença.

     

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