A polícia da Turquia prendeu 217 pessoas nesta quarta-feira (01), durantes os protestos do 1º de maio em Istambul. Segundo o ministro do Interior, Ali Yerlikaya, gás lacrimogéneo e balas de borracha também foram usados para impedir os manifestantes de chegasse à Praça Taksim, ponto tradicional de protestos na cidade.
O presidente turco Tayyip Erdogan proibiu a realização dos protestos na Praça Taksim, que foi isolada pela polícia.
Especialistas afirmam que a medida viola o direito dos turcos de organizarem reuniões e manifestações públicas, um direito defendido pelo Tribunal Constitucional em um acordo firmado no ano passado.
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O líder do principal partido de oposição da Turquia, o Partido Popular Republicano (CHP), Ozgur Ozel, convocou os protestos na praça, apesar da proibição emitida pelo gabinete do governador de Istambul.
“Se o 1º de maio não for comemorado na praça principal do país, a democracia estará em apuros. Esta luta continuará até que Taksim seja libertada”, disse Ozel aos jornalistas na quarta-feira (1), no distrito de Sarachane.
Ozel e o prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, que foi reeleito este ano pelo CHP, juntaram-se então aos trabalhadores e aos integrantes dos sindicatos para a marcha em direção à Praça Taksim, para protestar contra o aumento da inflação e as dificuldades econômicas.
As autoridades posicionaram atiradores de elite no histórico Aqueduto de Valens, em Sarachane, e criaram uma barricada com veículos com canhões de água e dezenas de policiais, bloqueando todas as rotas para a praça, mostrou um vídeo da Reuters.
Alguns manifestantes atiraram pedras contra as forças de segurança enquanto tentavam romper as barricadas.
Yerlikaya disse que mais de 42 mil policiais foram convocados em Istambul para as manifestações, realizadas todos os anos para marcar o Dia Internacional do Trabalho.
Os protestos acontecem frequentemente na Praça Taksim, onde 34 pessoas foram mortas durante as manifestações de 1 de maio de 1977.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Turquia prende 217 manifestantes em protestos do 1º de maio no site CNN Brasil.