O cientista político e diretor-executivo do jornal Brasil Sem Medo, Silvio Grimaldo, publicou um texto bem interessante no Twitter, sobre o general Cid. Confira:
Em 2020, sob a alegação de “comportamento inadequado coordenado”, o Facebook excluiu uma porção de páginas bolsonaristas da rede. Era a narrativa da “milícia digital” ganhando força. A decisão do Facebook foi tomada com base numa pesquisa do laboratório digital do Atlantic Council, um think tank esquerdista americano.
Esse laboratório já havia publicado um longo artigo com uma lista de colaboradores, apoiadores e familiares de bolsonaro que formavam a tal milicia digital, ou gabinete do ódio. A publicação era coordenada por uma ex-jornalista da Folha.
Acontece que o Atlantic Council tem um convênio milionário com a Apex, renovado em 100 mil dólares em 2019.
A Apex, no começo do governo, fora objeto de disputa entre os conservadores, colocados na agência pelo chanceler Ernesto Araújo, e o general Santos Cruz, cioso de afastar dali os perigosos “ideólogos”.
Na pendenga, acabou que a presidência da Apex foi entregue ao Contra-Almirante Sergio Segóvia que, tão logo assumiu o cargo, mandou embora a empresária conservadora Letícia Catelani, então diretora de negócios da agência, segundo posto mais importante da casa.
Note-se que uma das agendas de Letícia na Apex, em consonância com as pautas conservadoras, era cancelar convênios da agência que beneficiassem adversários ideológicos do novo governo.
Foi sob o comando de Segóvia que a Apex renovou o contrato gordo com o Atlantic Council. E esse contrato é assinado pelo escritório da Apex em Miami, cujo diretor é o general Mauro Cesar Cid, coincidentemente formado na turma de 1977 da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), a mesma em que estudou o presidente Bolsonaro.
A Apex, à sua maneira, pelas mão dos militares, General Cid entre eles, dava sua contribuição para a criação da narrativa que está sendo usada para manter na cadeia. Entendo a irritação do General com o abandono do seu filho, mas não dá para negar que ele ajudou a criar o monstrinho.
Publicamos sobre isso no Jornal Brasil Sem Medo, mas sabe como é, não podia falar dos militares senão o PT voltaria, e em troca recebemos o silêncio dos amigos em Brasília e o desprezo dos interessados usar o governo Bolsonaro para se alavancar.
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